Páginas

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Experiência com Cirurgia Plástica

(Orelhas de Abano)

Hoje vim contar para vocês, a minha experiência com a minha primeira (e até agora única) cirurgia plástica.
Vejo muitas opiniões distintas sobre a tal cirurgia plástica. Eu mesma já ouvi várias vezes coisas como "esse tipo de cirurgia é besteira", "dinheiro jogado fora", "cirurgia se faz em caso de emergência e saúde", "ninguém deveria mudar nada no corpo", "deveríamos se aceitar do jeito que nascemos". Muita gente pensa assim, eu sei, e eu respeito a opinião de cada um. Mas acho que geralmente quem pensa assim, são pessoas que não tem esse tipo de problema estético, e não passou por isso. Acho que fazer ou não, depende de quem quer, de quem tem o problema. Fazer ou não, vem da cabeça de cada um. Não deveríamos ouvir tanto as outras pessoas, se você quer fazer alguma coisa, vá e faça. Não preste atenção ao seu redor e em opiniões alheias. Críticas sempre vão ter, independente do que você faça (ou não faça).




A minha cirurgia foi na orelha (orelhas de abano). Meu problema era não ter a "voltinha" que a cartilagem faz na orelha, por esse motivo ela ficava muito aberta.
Por fim, eu já não amarrava mais meu cabelo, e não gostava que ninguém notasse. Mas a orelha estava sempre ali, para fora do cabelo amarrando ou não rsrsrs... Eu não gostava daquilo, mas tinha muito medo de fazer. Meus pais sempre deixaram livre para mim escolher, querendo ou não, eles sempre estavam me apoiando em qualquer decisão.
Minha cirurgia não foi nenhum presente em nenhuma data especial, eles sabiam que era importante para mim, e mesmo a gente não tendo muito dinheiro, eu era livre para escolher fazer quando eu conseguisse tomar coragem.
Com 4 anos de idade, um pediatra falou para a minha mãe, que eu deveria fazer aquela cirurgia com urgência, pois os traços do meu rosto chamavam muito atenção, e as pessoas "travavam" na minha orelha, elas paravam ali. Mas as crianças só podem fazer essa cirurgia à partir dos 7 anos de idade, pois o crescimento da cartilagem da orelha na infância pode acabar estragando a cirurgia.
Mas com meu medo da cirurgia, acabei fazendo apenas em 2011, com 10 anos de idade. Fiz a cirurgia nas férias de junho, para ter 2 semanas de repouso e poder ficar em casa com as faixas. Também acho que seria muito ruim ter que ficar com a cabeça enfaixada nas férias de verão.
A cirurgia foi ótima e não me arrependo em nenhum momento. Faria sim de novo, mesmo com o trabalho que passei.
O trabalho que passei, não é nada relacionada a dor. Lembro que antes de eu fazer ouvi até que eu ia "comer o pão que o diabo amassou" por causa da dor. Mas gente, por favor né, bem menos.
Tem gente sim que passa muita dor mesmo. Mas a dor vai de pessoa para pessoa, ouvi isso inclusive do meu cirurgião. Eu não passei nenhuma dor, juro para vocês. Eu dormia no primeiro dia já, em cima da minha orelha e não sentia absolutamente nada. O único trabalho que passei com a cirurgia, foi no primeiro dia com o efeito da anestesia. Passei o dia inteirinho enjoada e vomitando. E cá entre nós, não é nada fácil encarar 1 hora e meia de viagem até em casa enjoada com o efeito da anestesia.

Mas para quem está curioso em saber exatamente como aconteceu a cirurgia eu vou explicar. 
Minha cirurgia foi aqui em Santa Catarina, perto da minha cidade. Foi em uma clínica de Criciúma com o Dr. Luciano Schutz. Clínica ótima e cirurgião ótimo, recomendo mesmo.
Agendamos uma consulta para ele analisar "o problema", e agendamos a cirurgia. No consultório, ele analisou a orelha e mostrou antes e depois de outras pessoas. Fiquei bem tranquila depois de conversar com ele. Tivemos a opção de me deixar acordada ou dormindo durante a cirurgia, escolhi dormindo, claro rsrsrs... Não vou comentar sobre valores aqui, acho que cada caso é um caso, e é desnecessário comentar aqui, então quem quiser saber sobre valores, ou saber mais informações, entre em contato comigo (minhas redes sociais estão no início do blog).
Como eu era pequena, a cirurgia foi feita no hospital de Criciúma, caso acontecesse alguma coisa mais séria.
Minha cirurgia foi a primeira, umas 6 horas da manhã. Chegando no hospital, entregamos os documentos e fui levada à uma sala para me trocar, colocando as roupas necessárias. Fui acompanhada por uma enfermeira até a sala de cirurgia (minha mãe não poderia entrar comigo, ela me esperou no quarto onde eu ia ficar depois). Lá, começaram os preparativos enquanto esperavam chegar os outro enfermeiros, o cirurgião e o anestesista. Pedi para que não me mostrassem nenhuma agulha antes de eu estar dormindo, já que tenho pavor de agulhas, e assim foi feito. Começaram a chegar quem tinha para chegar (contei perto de 8 pessoas, foi assustador rsrsrs). Fui deitada na cama, e começaram a procurar a minha veia, que não achavam de jeito nenhum. Por fim, o anestesista chegou, e pediu para que eu "enchesse um balão". Era algo como um nebulizador com um balão no fundo que eu tinha que encher. Apaguei no terceiro sopro.
Acordei em uma sala vazia, apenas com uma enfermeira esperando eu acordar, já enfaixada onde fui levada para o quarto onde minha mãe me esperava também. Era por volta de umas 9 horas da manhã. Cheguei no quarto, minha mão doía muito. Fui descobrir, que uma veia havia estourado na cirurgia. Logo após que eu dormi com o que me deram para cheirar, comecei a me debater, onde foi preciso de uns quatro para me segurar. Nesse momento o soro escapou da mão, estourando minha veia (sim, a dor é insuportável). 
No quarto já acordada, ganhei comidas leves, mas não consegui comer, já que estava muito enjoada e tonta. Também não conseguia me levantar, estava mesmo muito mal. Logo o meu cirurgião apareceu e me deu alta. Esperamos passar um pouco a tontura, esperamos que eu conseguisse levantar e fomos para a casa. Enjoei muito no caminho, e muito em casa também, o primeiro dia foi terrível os enjoos.
Tive que deixar a cabeça enfaixada por 3 dias, depois teria que usar uma faixa cirúrgica por 2 semanas e logo poderia usar faixas normais por mais 2 meses. Sem esportes ou atividade físicas por 2 meses também para garantir. Os pontos foram internos, então não tive que voltar para tirar os ponto, e eles não aparecem.

Não passei dor, e também não me arrependo de nada. Faria de novo e foi ótimo ter feito. O resultado foi incrível, achei melhor do que eu esperava, a ponto de as pessoas não acreditarem que eu fiz algum tipo de intervenção cirúrgica na orelha. Várias pessoas quando sabem da minha cirurgia, hoje ainda pedem para ver minha orelha como ficou. Mas não tem nada mesmo, não dá para ver nenhum tipo de ponto em nenhum lugar. A única coisa visível é a minha cicatriz atrás da orelha, mas só se procurar muito bem mesmo.
Separei uma foto que eu tinha de cabelo amarrado só para vocês verem o resultado e a diferença com a primeira lá em cima.



       

Acho que ficou mesmo muito bom, e eu não me arrependo de nada!


Nenhum comentário:

Postar um comentário